O SNS e a MGF cresceram a par da democracia e da igualdade de direitos e podem ajudar a proteger estes valores fundamentais
O momento que assinala o arranque de um evento como o 41º EncontroNacional da APMGF é sempre carregado de muito simbolismo e, emAlbufeira, será colocado em destaque o trajeto que a democracia portuguesa, oServiço Nacional de Saúde (SNS) e a Medicina Familiar trilharam em paralelo nonosso país, num ano em que se comemoram cinco décadas do 25 de Abril, atravésde uma conferência de abertura que se antevê antológica, a cargo de JaimeCorreia de Sousa (médico de família aposentado do SNS, quadro histórico daAPMGF e investigador do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde– ICVS – da Escola de Medicina da Universidade do Minho). O título escolhidopara esta conferência é «Olhar juntos na mesma direção – A Medicina Geral eFamiliar e o Serviço Nacional de Saúde nos 50 anos de Democracia».
Na Europa, numa sociedade democrática, as políticas de saúde visamproteger e melhorar a saúde, garantindo a igualdade de acesso a cuidados desaúde eficientes. Cuidados de saúde primários robustos, acessíveis, centradosno cidadão e de proximidade, constituem um pilar fundamental de uma sociedademoderna.
“Em Portugal, a criação e desenvolvimento da Medicina Geral e Familiare a construção dos cuidados de saúde primários confundem-se com a história daconstrução e da consolidação da democracia. Ao celebrar 50 anos de democracia éindispensável refletirmos em conjunto sobre este percurso e os pontos fortes,os desafios, as oportunidades e as ameaças à existência dos cuidados de saúdeprimários e da Medicina Geral e Familiar em Portugal”, defende Jaime Correia deSousa.