Estimular os autocuidados é bom para a sustentabilidade do sistema de saúde e para a vida das pessoas
A literacia em saúde e a promoção dos autocuidados tem sido um dos mais presentes tópicos de debate nos últimos anos e com boa razão, na medida que em utentes bem informados e treinados, sobretudo no que concerne às doenças crónicas, influenciam em grande medida a eficácia de toda a prestação de cuidados de saúde, desde as unidades dos CSP aos hospitais. Isto para além de garantirem a si próprios percursos de vida mais saudáveis e felizes. Esta problemática vai ser analisada em detalhe durante a sessão «Como capacitar os cidadãos em autocuidados?», moderada por Joana Torres (membro da Direção Nacional da APMGF e médica na USF Uarcos), a realizar na manhã de 6 de abril e integrada no 41º Encontro Nacional da APMGF.
Os convidados serão Ana Correia de Oliveira (especialista em Medicina Geral e Familiar, diretora clínica para os CSP da ULS Santo António, consultora da RTP e presença habitual em diversos programas televisivos de grande audiência), Nelson Pereira (diretor clínico para a área dos cuidados de saúde hospitalares da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa e rosto da urgência do Hospital de São João durante a epidemia de Covid-19) e Ricardo Mexia (médico de Saúde Pública, ex-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e atual presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, em Lisboa).
Para Ricardo Mexia, “os autocuidados são parte integrante da prestação de cuidados, permitindo que as pessoas assumam um papel ativo na prevenção e tratamento das doenças. Dando aos cidadãos conhecimento e ferramentas para monitorizar a sua saúde, reconhecer sinais de alerta e tomar decisões informadas sobre tratamentos e estilos de vida saudáveis, estamos a dar-lhes um papel fundamental na sua própria saúde. Além de reduzir a pressão sobre os sistemas de saúde, os autocuidados fortalecem a autonomia do doente, melhoram os resultados de saúde e promovem uma maior qualidade de vida. Assim, ao capacitar as pessoas para gerirem a sua própria saúde estamos a contribuir para um futuro mais saudável e sustentável”.