Desprescrição deve ser encarada com ferramenta indispensável para atingir clínica mais segura e eficaz
Na manhã de 6 de abril, o 41º Encontro Nacional da APMGF propõe-lhe a mesa «Desprescrição e prescrição racional», moderada por Carina Peixoto Ferreira (membro da Direção da APMGF e médica de família na UCSP Vieira do Minho) e com comunicações de Luís Monteiro (investigador do CINTESIS – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, professor no Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro e médico de família na USF Esgueira+) e de Pedro Augusto Simões (médico de família na UCSP Fundão
e docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior).
O envelhecimento da população é uma tendência que se verifica desde há várias décadas, em Portugal como na Europa. Com o envelhecimento populacional e o aumento da prevalência de doenças crónicas nesta faixa etária, tem crescido o número de idosos que se apresentam num regime terapêutico de polifarmácia. Tendo em consideração as consequências que podem advir destes regimes, é essencial compreender como tornar as práticas de prescrição e desprescrição mais seguras e eficazes. Os objetivos desta sessão passam por promover um maior conhecimento acerca desta temática – de forma prática e interativa e através da discussão de casos clínicos – identificar os fatores que interferem na prescrição farmacológica, analisar os principais instrumentos que auxiliam o processo de prescrição/desprescrição e reconhecer os processos e obstáculos da otimização terapêutica no idoso.
Segundo Pedro Simões, “é crucial debater sobre desprescrição e prescrição racional para garantir uma prática médica mais segura e eficaz. Ao debater este tema promove-se a revisão criteriosa dos medicamentos dos utentes, de forma a reduzir os riscos de efeitos adversos e polifarmácia. É fundamental a individualização terapêutica e envolvimento do utente”.